As complicações da diabetes no paciente idoso

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Ainda que o envelhecimento não seja sinônimo de adoecimento, nos idosos ocorrem alterações funcionais significativas que interferem no estado de saúde geral. Portanto, a idade é um fator de risco importante para o surgimento de doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares. Além disso, a associação do envelhecimento com outros fatores, como Diabetes, por exemplo, aumenta ainda mais o risco cardiovascular. Estudos apontam que uma a cada cinco pessoas com idade entre 65 e 69 anos vivem com diabetes no mundo. O Brasil é o 5º país em incidência da doença na população adulta (20 a 79 anos). Com isso, o diabetes se tornou um sério problema de saúde pública.

O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome do metabolismo, de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Mas será que as pessoas com mais de 65 anos devem ser tratadas igualmente aos mais jovens? Em termos gerais poderia se dizer que sim, mas devido às alterações ligadas ao envelhecimento e a diversas questões associadas à saúde geral do idoso, é preciso um olhar mais atento.

A saúde fragilizada em idades mais maduras promove a interação de medicamentos para tratamento de outras doenças do indivíduo, que podem facilmente interferir nos níveis de glicose, levando a hipoglicemias (queda da glicose), que podem causar tonturas, fraquezas, delírios e confusões mentais. Por isso esse olhar mais atento do especialista é fundamental para o correto encaminhamento dos cuidados e tratamentos. Outro ponto importante é a modificação de estilo de vida e, nesse ponto, o apoio familiar e de cuidadores é de essencial. Problemas de visão, locomoção, questões emocionais e de dificuldades de socialização contribuem para que os idosos se movimentem menos, e a prática de atividade física é uma aliada para prevenção e controle do diabetes e de outras doenças associadas, como hipertensão e colesterol, que aumentam o risco cardiovascular.

Outros cuidados fundamentais são:


  • Avaliação oftalmológica regular, pois o diabetes aumenta o risco de perda de visão com o aumento da idade por problemas na retina e por catarata;
  • Avaliação da função renal como parte da prevenção da insuficiência renal crônica;
  • Cuidados com os pés, já que cerca de 30% dos pacientes idosos não conseguem alcançar ou verificar os pés regularmente para identificar feridas e/ ou infecções que podem se agravar por conta do diabetes.

  • Dada a complexidade do diabetes como doença e as peculiaridades do paciente idoso, todo paciente diabético com 60 anos ou mais deve fazer o acompanhamento médico regular.